Coelho CEO (2)
Na blogosfera continua a discutir-se a nomeação de Jorge Coelho para CEO da Mota-Engil.
Eu estou de acordo com o Tiago quando diz que nao há problema nenhum em ser nomeado CEO de uma empresa um antigo ministro do sector dessa empresa. Ainda mais, 7 anos depois de ter deixado de ser ministro.
Estou de acordo com o António quando diz que o problema não é o Jorge Coelho ser de esquerda.
Também estou de acordo com a saída de Jorge Coelho da Quadratura do Círculo: os analistas financeiros são muito mais sensíveis ao que diz um CEO de uma cotada, do que os eleitores são sensíveis ao que dizem uns comentadores numa estação de televisão.
O problema é:
- ele ser quem é - com toda a influência que tem agora (o que seria se um Pacheco Pereira fosse nomeado CEO da Impresa, dona da SIC, durante um governo de um Rui Rio, numa altura em que o governo se preparasse para licenciar uns canais de TV? Ops, isso aconteceu, foi com o Pina Moura e a TVI, mas já ninguém se lembra!) ;
- nas circuntâncias actuais - em que os concursos para o novo aerporto, para o TGV, para a rede de abastecimento de águas,... estão à porta;
- na maior empresa de Construção Civil e Obras Publicas do país - que está cotada em Bolsa, que não só tem de ser mas também tem de parecer séria.
Repito: o que não percebo é qual a mensagem transmitida para dentro desta empresa por parte dos acionistas.
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