Ainda a religião nos hospitais
Só queria fazer referência a dois artigos fortes e muito diferentes, tanto na forma como no conteúdo, sobre a religião nos hospitais. O da Graça Franco e o de Pacheco de Andrade, que, como não encontrei o link, transcrevo a seguir:
Deixemo-nos de palavras mansas e desviantes. O projecto maçónico – não tem outro nome – de o Governo controlar a assistência espiritual nos hospitais do Estado enferma de um abuso que não respeita o sentimento religioso dos seus cidadãos.
A laicidade do Estado, que não tem de ser confessional, há que respeitá-la, mas não deve ser confundida com o atropelo das várias crenças religiosas seguidas por milhões de pessoas que fazem parte da sua população.
O Estado é laico e, por isso, não tem que se meter onde não é chamado.
Seja laico e, em consequência, desvie-se de um espaço que não é o seu. Seja laico como entidade que superintende em quem crê ou não crê, mas não pelo facto de se crer ou não crer e, por isso, guarde uma distância equânime em relação às religiões que os seus cidadãos professam.
Quando, como agora acontece, o Estado, ou antes, este governo se imiscui na assistência religiosa nos hospitais, está a interferir na interioridade dos doentes e, é bom que se diga, invade um espaço que não é seu, e viola os sentimentos de quem está fisicamente fragilizado.
Não deixa de ser estranho este assalto - não encontro nome mais apropriado – à liberdade religiosa de quem é crente.
O que vai acontecer nos hospitais do Estado á a fixação de um vazio que redunda num deserto espiritual e deixa muitas pessoas fisicamente diminuídas, mas espiritualmente mais enfraquecidas ainda.
Pergunta-se se é assim que o Estado olha os seus doentes. E se estes, pelo facto de estarem materialmente empobrecidos e terem menos capacidade de protesto, constituem uma preocupação menor para quem os deve acompanhar mais de perto.
Podem apontar-se algumas fontes desta intromissão abusiva de quem nos governa e quer controlar tudo, até ao mais íntimo das pessoas, incluindo a sua opção religiosa.. Em tempos, foi a maçonaria. Hoje, não pode apontar-se como o sendo. Mas a verdade é que ela agiu sempre encoberta.
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