quinta-feira, maio 31, 2007

Missas em latim

Um artigo fantástico do John Allen (indicado pelo Bruno) põe as coisas no seu sítio: neste momento quem quiser pode ter missas em latim, mas a novidade é que se possa celebrar segundo o rito anterior ao Concílio Vaticano II. E mais nada. Por isso, só vai haver confusão mediática, mas pouco vai mudar, e o que vai mudar vai ter poucas implicações práticas.

quarta-feira, maio 30, 2007

Série "coisas que até mereciam uma petition online"

Fabuloso!
"Hino do FC Porto - official english version", já!

terça-feira, maio 29, 2007

Stories from the Real World

Mais um site a visitar, desta vez uma parceria entre a HP e a CNN para transmitir entrevistas sobre mudança e tecnoligias de informação: Change Artists ("On each 30-minute episode, you'll meet industry-leading CIOs and their CEO counterparts. They'll be candid, frank and insightful as they discuss their partnership and how they've worked together to negotiate the challenges and opportunities of change.")

Agradeço a dica ao Eurico.

segunda-feira, maio 28, 2007

Uma certeza

Adoro uma boa discussão, mas não discuto questões sobre as quais tenho certezas. São poucas, mas boas.

domingo, maio 27, 2007

Dinastias

Estou a acabar de ler "Dinastias", de David Landes. Não gostei. É muito superficial, e tendo algumas biografias de famílias de empreendedores interessantes, as famílias de judeus ficam sempre bem, e as dos outros são aldrabões.
Ah, e, já agora, a tradução está em português do Brasil. Conselho: os livros de gestão não devem ser lidos em brasileiro!

sábado, maio 26, 2007

Medicina alternativa

"António Costa defende criação de um novo «pulmão»"

Deve ser para curar o cancro do "outro"... é bonita, esta solidariedade institucional, mesmo depois do divórcio (?...) com o Governo!

O meu é melhor que o teu...




sexta-feira, maio 25, 2007

O século da indiferença (III)

Confesso que não estava a pensar em citar Brecht, mas penso que se aplica muito bem aos posts anteriores este poema que me enviou a Filipa:

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

quinta-feira, maio 24, 2007

É hoje!

Sou do tempo em que a Feira do Livro era na Rotunda (a da Boavista, claro), sujeita às intempéries de Maio (que não são novidade, como toda a gente sabe mas insiste em esquecer) e aos humores do exigente público portuense.
A Feira do Livro era um dos acontecimentos do mês e do ano. Sabíamos o dia em que começava com meses de antecedência, e a ida era preparada ao pormenor. À entrada, uma nota para a mão, e "Podes escolher o livro que quiseres." A decisão era difícil, e ainda mais difícil conter o impulso de comprar o primeiro livro da primeira barraquinha! A noite passava-se entre as páginas recheadas de estórias e de história, de editora em editora, a ver, folhear, cheirar, comentar... "Pai, este livro é bom? E aquele outro? E mais este?..." De vez em quando, um brinde! Um mapa, um cartaz, um lápis ou uma caneta. À hora de fechar, os livros pesavam nos sacos de papel ou de plástico, "os meus, os teus, os nossos". Na (curta) viagem para casa uma pequena guerra para decidir quem lê o quê primeiro. E para o ano há mais.

quarta-feira, maio 23, 2007

O século da indiferença (II)

Diz o Francisco Sarsfield Cabral que

Mais de metade dos casais portugueses não tem filhos. E um terço tem apenas um filho.

A maioria dos que têm filhos não quer mais tempo para dedicar à família. Não quer prejudicar a sua vida profissional.

Pelo contrário, a maioria dos europeus gostaria de ter mais tempo para cuidar da família.

Além disso, temos em Portugal mais automóveis por habitante do que a média europeia. Na União só a Itália e o Luxemburgo têm mais carros.

Ou seja, a família deixou de ser uma prioridade para a maioria dos portugueses. A profissão e os bens de consumo passam à frente.

Como se estes sinais não bastassem, há quem, à esquerda, pretenda o divórcio na hora, tornando o casamento um compromisso sem significado.

E também há quem, à direita, queira minar ainda mais os alicerces da família.

Conviria reflectir e ver ao que nos leva esta falsa modernidade, afinal não tão europeia como às vezes se pensa.

No seguimento do post anterior, penso que esta importância desmedida que se está a dar, em Portugal, à carreira profissional, está a originar uma sociedade des-sociezada, isto é, que cada um não se ocupe dos outros membros da sua sociedade. E isto é um contra-senso.

O século da indiferença

Contaram-me o caso de uma doente que anda a ser "chutada" de serviço em serviço, e agora de hospital em hospital, por ter deixado de ser autónoma (tem cerca de 40 anos). Tudo "normal", na sociedade que temos. O problema maior é que esse "normal" inclui uma "família" de 5 irmãos que simplesmente não querem saber. E mais uns quantos "familiares" que também não querem ter chatices.
Pergunto-me de onde nasce esta indiferença. Nas últimas décadas somos bombardeados com informação, com imagens chocantes, cenários de guerra, guerra propriamente dita, catástrofes, destruição, etc. Começo a acreditar que isso nos faz viver numa espécie de filme em que tudo nos é indiferente. Todos os dias sabemos de mais 50 mortes aqui, mais 70 feridos ali, mais 30 desaparecidos acolá.
O problema é que com isso até consigo viver (relativamente) bem. Objectivamente, não me afecta. Tenho pena que estas coisas aconteçam, mas de facto não me dizem respeito. A grande diferença em relação ao passado é que agora vamos sabendo o que os media querem que saibamos do que se passa no Mundo.

O que me parece mais grave é que esta indiferença nos entre pela casa dentro. Quando os valores da família passam a ser as férias no Hawai, o BMW ou o peeling daqui a 20 anos, não há sofrimento que consiga comover quem quer que seja.

segunda-feira, maio 21, 2007

Não há outros governos mais apropriados para serem apoiados?

O Secretário de Estado das Comunidades vai a Caracas estreitar os laços de amizade com as autoridades venezuelanas. Não haverá outros países com comunidades portuguesas significativas que tenham governos menos parecidos com os do Vasco Gonçalves?

Se calhar, a ideia de António Braga é estudar como é que o dominío da comunicação social que o PS tem em Portugal pode ser aumentado (p. ex., fechando estações de TV que sejam contra o governo).

O regresso dos heróis

O nosso FCP é campeão.

Surpreendentemente, neste blog olhamos para o Mundo de um ponto de vista tendencioso, não isento, taxativo, pragmático, convicto, pouco-politicamente-correcto, conservador (whatever that means), falível, comprometido, categórico: o nosso.
Por isso, ontem foi dia de festa. E hoje também, e até a memória ocupar o lugar da presença, serão dias de festa. O FCP ganhou, para o ano há mais, venha de lá outro tri!
(O meu co-autor-de-blog sabe muito mais de antropologia da Festa do que eu, por isso não me atrevo a entrar por esse campo, por mais atractivo que me pareça neste momento)

Serve também o presente post para marcar o nosso regresso a estas lides. Trazemos algumas novidades, que a seu tempo virão à superfície. Melhor dizendo, ao fundo.
No fundo, no fundo, estamos de volta.