Diz o Francisco Sarsfield Cabral que
Mais de metade dos casais portugueses não tem filhos. E um terço tem apenas um filho.
A maioria dos que têm filhos não quer mais tempo para dedicar à família. Não quer prejudicar a sua vida profissional.
Pelo contrário, a maioria dos europeus gostaria de ter mais tempo para cuidar da família.
Além disso, temos em Portugal mais automóveis por habitante do que a média europeia. Na União só a Itália e o Luxemburgo têm mais carros.
Ou seja, a família deixou de ser uma prioridade para a maioria dos portugueses. A profissão e os bens de consumo passam à frente.
Como se estes sinais não bastassem, há quem, à esquerda, pretenda o divórcio na hora, tornando o casamento um compromisso sem significado.
E também há quem, à direita, queira minar ainda mais os alicerces da família.
Conviria reflectir e ver ao que nos leva esta falsa modernidade, afinal não tão europeia como às vezes se pensa.
No seguimento do post anterior, penso que esta importância desmedida que se está a dar, em Portugal, à carreira profissional, está a originar uma sociedade des-sociezada, isto é, que cada um não se ocupe dos outros membros da sua sociedade. E isto é um contra-senso.