O século da indiferença (III)
Confesso que não estava a pensar em citar Brecht, mas penso que se aplica muito bem aos posts anteriores este poema que me enviou a Filipa:
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
3 comentários:
É isso mesmo meu primo... para o mundo ver!
Temos de fazer alguma coisa, não bastam só as palavras (que são precisas) mas as nossas acções devem também reflectir estes pensamentos... contra mim falo... mas a favor de todos!
Engraçado estarmos na mesma onda sem eu ainda ter vindo ao vosso blog! ;)
Jorge, eu estava enganado. Mas como a ideia é boa, este poema é como os vírus: tem inúmeras mutações. Vê
http://en.wikipedia.org/wiki/First_they_came
João O.
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